SECONTA – Contabilidade em Manaus

Mulheres na Contabilidade: Conquistas históricas, desafios atuais e oportunidades para o futuro.

As mulheres brasileiras têm desempenhado um papel fundamental no setor contábil, trazendo suas habilidades para impulsionar o desenvolvimento da profissão. Ao longo dos anos, a presença feminina na contabilidade cresceu significativamente, refletindo uma tendência global de maior diversidade de gênero em áreas antes dominadas por homens.

A trajetória feminina na contabilidade começou a ganhar visibilidade com Dvoira Nudelman, que, em 1947, se tornou a primeira contadora registrada no Estado de São Paulo, conforme o Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo (CRCSP). Na década de 1950, as mulheres representavam apenas 1,3% dos profissionais ativos na área, de acordo com o Conselho Federal de Contabilidade (CFC).

Com o passar dos anos, as mulheres buscam cada vez mais educação formal e oportunidades de carreira, desafiando estereótipos e assumindo posições de liderança em escritórios contábeis, empresas e órgãos governamentais. O empreendedorismo também se tornou uma escolha para muitas, permitindo que construíssem os próprios negócios.

Atualmente, 40% das organizações contábeis ativas no Estado de São Paulo têm mulheres como sócias ou responsáveis técnicas, segundo o CRCSP. Além disso, desde 2021, o número de registros de contadoras tem sido superior ao de contadores homens. Somente em 2023, foram registradas 1.883 mulheres contra 1.703 homens.

A presença feminina na gestão do CRCSP também evoluiu ao longo do tempo. A primeira mulher a presidir o Conselho foi Célia Regina de Castro, em 1994, seguida por Márcia Ruiz Alcazar, na gestão 2018–2019. Ao longo da história da instituição, 65 mulheres ocuparam cargos de conselheiras, algumas por mais de um mandato.

Mesmo com esses avanços, desafios ainda persistem, como a disparidade salarial, a baixa representatividade em cargos de liderança e a necessidade de conciliar a carreira com responsabilidades pessoais. De acordo com uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV/IBRE), divulgada em 2022, a taxa de desemprego entre mulheres sempre foi maior que a dos homens desde 2012. No entanto, entre 2014 e 2019, a participação feminina no mercado de trabalho cresceu continuamente, atingindo 54,34% em 2019.

Os números mostram que as mulheres estão conquistando cada vez mais espaço na contabilidade e que o futuro da profissão é promissor. Para garantir igualdade de oportunidades, é essencial continuar promovendo políticas que incentivem a equidade salarial, a ascensão a cargos de liderança e a valorização do trabalho feminino no setor contábil.

Neste mês da Mulher, toda a admiração da SECONTA pelas grandes mulheres contabilistas do Brasil!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima